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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um desabafo intrinseco na mente de todos


Me dizia sempre um amigo: “ pessoas... quanto mais tento entende-las mais elas me surpreendem...”
Esse desabafo desse amigo é também o meu e de muitas pessoas que não compreendem os outros e muitas vezes a si mesmas. É engraçado como o ser humano exige tanto que os outros sejam “perfeitos” mas querem que os outros reconheçam e reconsiderem sua atitudes por ser ele um ser frágil, exige a perfeição dos outros, mas justifica muitas vezes suas atitudes dizendo “ sou humano, não sou perfeito”. é algo tão contraditório e egoísta que nos enfurece, mas nos deixa de encontro a essa fria realidade da natureza humana.
“...Eu cansei!! Cansei dessas pessoas! Cansei de tentar mudar...” e eu respondo (até para mim mesma que muitas vezes fiz essas exclamações) : Cansou de si mesmo?
Como diz o livro dos livros: “ olha o argueiro que esta no olho do teu irmão, mas não vês a trave que estas no seu”
Ouvi uma vez em uma palestra, um renomado professor que dizia: “ os erros que mais enxergamos nos outros são aqueles que são os mais constantes em nos mesmos.”
E por que isso? Porque o ser humano tenta mudar o outro sendo que em si mesmo há coisas que podem ser até piores do que se vê no outro, se os erros que mais detestamos nas outras pessoas estão em nós mesmos, então quando olhamos para essas pessoas são elas como espelhos e nós refletidos em suas atitudes que tanto odiamos?
E porque se odiamos tanto essas atitudes as queremos muda nos outros e não em nós mesmos?
Exige-se dos outros a perfeição... justificamos muitas vezes que somos frágeis.. (risos) que contraditório!
A realidade é que o ser humano é egoísta, excêntrico, incompreensível... é por isso que a bíblia diz que devemos “ lutar contra a NOSSA carne”. Deus nos incentiva a sermos amorosos, longânimes, pacientes, e isso para trabalharmos em nós mesmo primeiro, para que essa longanimidade, paciência , esse amor afete também os outros, de uma forma que todo esse egoismo, toda essa maldade, se dissipe diante da bondade manifestada por esse amor.
É difícil muitas vezes ser “agulhas num palheiro” . mas se fala tanto em se fazer a diferença, talvez negarmos a nós mesmos , seja o começo para que se cumpra essa diferença, para que a luz, brilhe em meio as trevas.

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